
Você sabe a influência que o padre Henri De Lubac teve no Concílio Vaticano II?
Nascido em Cambrai (França) em 1896, após o liceu ingressou como noviço na Companhia de Jesus, passou a refletir sobre as relações entre fé e graça, entre natural e sobrenatural, entre ateísmo e cristianismo. Após ficar gravemente ferido ao prestar serviço na primeira guerra mundial, retomando seus estudos na Inglaterra, dedicou-se ao estudo da patrística e a um profundo estudo sobre a graça.
Sua vasta pesquisa de trinta anos deu origem à obra “Surnaturel” (Sobrenatural) lançada em 1946, na qual, critica a corrente do sobrenatural e propõe uma nova concepção baseada nas tradições patrística e escolástica. Sob muitas críticas, o livro que gerou polêmica entre os tomistas marca o início do movimento da “nova teologia”. Embora tenha sido condenada pelo Papa Pio XII, seu pensamento rendeu-lhe ativa participação no Concílio Vaticano II sob os cuidados do papa João XXIII. Ele se tornou um dos principais teólogos do Vaticano II a ponto de São João Paulo II ter ido prestar pessoalmente as suas homenagens em duas visitas oficiais.